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OPINIÃO: O poder em seus dedos

A vida é feita de escolhas, pequenas e grandes. A gente ouve que as pequenas são as mais importantes. Não é verdade. São as grandes, sim, que definem o nosso destino. O que acontece, às vezes, é que as decisões importantes são simples, rápidas, quase imperceptíveis, mas continuam grandes.

Votar é um ato que leva quatro segundos e dura quatro anos. Uma decisão grave, que traz consequências. Nem é caso de acertar ou errar. A questão gira em torno da seriedade com que se vota. Do grau de consciência. Um ritual semelhante ao de alimentar-se, ou de rezar. Uma conduta que exige respeito. Escolher um lado, manter a coerência, optar pela proposta mais qualificada, são caminhos que levam ao voto responsável. E como errar é humano, o equívoco e o arrependimento também são figuras presentes.

Estarão lá na urna, para o caso de você decepcionar-se com quem escolheu. Isso não importa. Você tem que exercer a sua opção, mesmo assim. Tudo é melhor do que a ilusão de que você pode ficar de fora, porque mesmo ignorando a política, ela está em você, do início ao fim do dia. A ideia de que o seu voto não irá mudar nada é tão falsa quanto a fantasia de que você está acima da política. De que faz a sua e é o que importa. Não. Todos nós vivemos sob a égide de leis formatadas na política, aprovadas pela política, e da mesma forma, aplicadas por ela.

Das estruturas aos chefes, tudo vem do mesmo lugar. Só os 25 mil cargos de confiança, federais, já serviriam de prova, mas, além disso, a própria repartição dos poderes e o contexto institucional, tudo veio pelo voto e pelo voto é mantido. São conquistas que, à duras penas, foram se incorporando à nossa sociedade, que, enfim, tem a possibilidade de se expressar livremente, e escolher o que quer para si. Um momento único, insubstituível, o tal domingo de votação. A hora de se manifestar, de uma maneira eficaz, a favor do que gosta e contra o que abomina. Mulher, homem, pobre, rico, idoso, jovem, todos com o mesmo valor, acima de tudo, o mesmo poder. Poder de manter, mudar, transformar. Poder de fazer a sua parte.

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